São Paulo, quinta-feira, 3 de agosto de 1995 |
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Escritora é a primeira mulher a ganhar prêmio
FLAVIO CASTELLOTTI
Piñon é a primeira mulher e a primeira autora de língua portuguesa a receber o prêmio. Além do reconhecimento de sua obra, a escritora vai receber US$ 100 mil, no dia 25 de novembro, em Guadalajara, durante a cerimônia de abertura da Feira Internacional do Livro. ``Sua criação literária foi se aperfeiçoando ao longo do tempo, com o exercício de memórias que transcendem o pessoal e o circunstâncial", disse a crítica literária argentina e viúva do escritor José Luis Borges, Maria Kodama. Além de Kodama, o corpo de jurados estava composto por acadêmicos de diversos países: o italiano Amos Segala, o uruguaio Jorge Ruffinelli, o norte-americano Raymond Williams e o mexicano Adolfo Castañon. O prêmio foi recebido anteriormente pelo chileno Nicanor Parra, pelo mexicano Juan José Arreola, pelo cubano Eliseo Diego e pelo peruano Ramón Ribeyro. Os jurados reiteraram a liberdade para definir os critérios e determinar a mecânica da seleção. ``O concurso não tem nenhum tema ou critério pré-estabelecido. O conjunto da obra de Piñon foi escolhido por unaminidade. Analisamos cerca de 110 nomes.", disseram eles ao anunciar o resultado. Apesar de recente, o prêmio Juan Rulfo é considerado por acadêmicos mexicanos o mais importante do gênero de toda a América Latina, ``justamente por sua capacidade de renovação e imparcialidade", disse o jurado mexicano, Adolfo Castañon. O prêmio leva o nome de um dos mais destacados escritores contemporâneos do México, autor de ``Pedro Paramo" e ``El Llano en Llamas" (``Curral em Chamas"), entre outros. Texto Anterior: Nélida prepara livro sobre a Espanha Próximo Texto: Inglês produz novo CD dos Raimundos Índice |
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