São Paulo, sexta-feira, 4 de agosto de 1995
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Pagamento de R$ 2,1 mi agita mercado

XICO SÁ
DA REPORTAGEM LOCAL

Apenas uma empreiteira, a Convap, recebeu recentemente do governo Covas um pagamento de R$ 2,1 milhões como parte de uma dívida atrasada.
Como o Estado não paga regularmente as construtoras, o fato provocou revolta entre aqueles que têm contas atrasadas da mesma época, entre 1991 e 1993, e não foram contemplados com recursos.
O pagamento à Convap é o mais alto realizado durante o governo Covas a uma empreiteira. Até o momento, o Estado tem liberado parcelas em média de R$ 30 mil para um grupo de 140 construtoras a quem deve.
Desse grupo, pelo menos a metade tem dívidas do mesmo período que a Convap.
O pagamento de R$ 2,1 milhões foi feito por intermédio da diretoria do Metrô (Companhia do Metropolitano de São Paulo).
O diretor de Finanças do Metrô, Norberto Stensen, disse que a dívida da Convap se refere a serviços prestados de 1991 a 1993.
``É um dos contratos mais antigos que temos com empreiteiras", afirmou. ``Iremos pagar às outras aos poucos, conforme o nosso fluxo de recursos."
Stensen nega ter havido privilégio e informa que seguiu o critério de antiguidade da dívida. ``Pudemos fazer o pagamento com o dinheiro que sobrou depois do aumento da tarifa do metrô", disse.
A Folha procurou, nos últimos 12 dias, falar com algum diretor ou representante da Convap.
Comunicado, o diretor Antonio Elias Kelson, que comanda a empreiteira em São Paulo, informou, por intermédio da sua secretária, que a Folha deveria procurar o diretor Sérgio Vieira, em Belo Horizonte (MG), onde está situada a matriz da construtora.
Ao procurar Vieira, o jornal foi informado que deveria tentar falar mesmo com Kelson, responsável pelos negócios da empresa em São Paulo. Foram feitas pelo menos duas tentativas diárias até ontem, sem nenhum retorno.
(XS)

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