São Paulo, domingo, 6 de agosto de 1995
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ENTENDA O CASO

Novembro de:
uma encomenda de 1 milhão de granadas de mão e 240 mil granadas de bocal é feita, supostamente, pelo governo da Líbia. O governo brasileiro autoriza a produção da encomenda pela empresa Cia. de Explosivos Valparaíba (CEV), uma das fábricas da empresa Explo S/A.

6 junho de 84:
embarca o primeiro carregamento em contêineres lacrados no navio Everhope, iraniano, mas com bandeira do Chipre.

10 de outubro de 84
cheque de US$ 153 mil é assinado pelo Banco do Panamá para pagamento de 30 mil granadas, que seriam embarcadas em novembro.

4 de novembro de 84
segundo embarque, feito no Regina, embarcação suíça. Parte da carga (30 mil granadas de mão) fica em Puerto Cortez, Honduras, tendo como destino os contras nicaraguenses.

4 de novembro de 84
um homem de nome McCoy vem ao Brasil e assina carta-recibo ao tomar conhecimento de todos os papéis de embarque.

31 de dezembro de 91
três traficantes de drogas são presos na favela Coréia, Rio de Janeiro. Um deles portava uma granada de mão produzida pela Valparaíba com numeração de lote e inscrição: ``Fuze M14 CEV Lote 02-02-84.

1º de janeiro de 92
mais duas granadas com a mesma numeração são encontradas na favela de Copacabana, no município de Cabo Frio, litoral norte do Rio de Janeiro.

Março de 92
o Serviço de Inteligência do Exército começa a investigar o caso depois de o material ter passado pela perícia da Polícia Civil. De posse de mandado judicial, agentes da Inteligência viajam a São Paulo e entram nos escritórios da Explo, dona da fábrica Valparaíba (Cia. de Explosivos Valparaíba - CEV), na capital e em Lorena. Antes, haviam entrado nos escritórios da Jabour Exportadora, no Rio de Janeiro.

Novembro de 94
inquérito é enviado à Auditoria Militar que se julga incapaz de enquadrar qualquer soldado ou oficial.

Janeiro de 95
inquérito é enviado ao Ministério Público (Procuradoria da República).

Abril de 95
Polícia Federal faz blitz nas residências dos diretores da Explo em São Paulo e Rio de Janeiro.

Maio de 95
o procurador Arthur Gueiros formula denúncia e relaciona o caso à operação Irã-Contras.

Maio de 95
Justiça Federal aceita denúncia contra e marca o interrogatório de sete acusados para o dia 17 de agosto.

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