São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
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Sequestradores libertam filha de empresário após três dias

DA FOLHA SUDESTE

A gerente de produtos Maria Camila Dias, 26, sequestrada desde quarta-feira em Campinas (99 km de São Paulo), foi libertada por volta das 4h30 de ontem na rodovia Adhemar de Barros, entre Campinas e Mogi Mirim.
Camila é filha de Armindo Dias, dono da Companhia Campineira de Alimentos, uma das maiores empresas do setor de bolachas e balas do país.
A empresa fabrica os biscoitos Triunfo. Tem 1.800 funcionários e 500 caminhões. Foi fundada em 1950 pelos irmãos Dias.
A Danone tem 49% de suas ações. A Campineira exporta balas, confeitos e bolachas para 16 países e aumentou o volume de vendas para o exterior 30% no ano passado em relação a 93.
Segundo informações de parentes, a família teria pago o resgate. O valor e o local do cativeiro não tinham sido revelados pela polícia nem pela família até as 12h de ontem.
Informações extra-oficiais obtidas pela reportagem da Folha apontam que os sequestradores teriam pedido R$ 1,5 milhão pelo restate. A família teria pago R$ 400 mil. O valor não foi confirmado pela polícia.
"A polícia não participou da negociação e do pagamento do resgate a pedido da família. Demos retaguarda para que ela fosse libertada sem problemas. Após o desfecho da negociação, vamos atrás dos sequestradores", afirmou o delegado seccional de Campinas, Orlando Miranda Ferreira.
Camila foi sequestrada no trevo da rodovia Anhanguera com a rodovia Santos Dumont (que leva ao aeroporto de Viracopos), na saída de Campinas.
Ela viajava para São Paulo, onde faz um curso preparatório para pós-graduação.
Segundo a polícia, a gerente estava com o motorista em um ômega, quando um Fiat com cinco homens fechou o carro.
O trânsito estava congestionado no local na hora. Os sequestradores dominaram o motorista, que foi colocado no porta-malas. Dois sequestradores seguiram no ômega e os demais no outro carro.
O ômega com o motorista foi abandonado na avenida Lix da Cunha, em Campinas, três horas depois. No carro estava a bolsa de Camila com seus documentos.
O caso está sendo investigado pela Delegacia Anti-Sequestro de São Paulo e pela Delegacia de Investigações Gerais de Campinas.
A família de Camila evitou ontem contato com os jornalistas. Camila foi levada para casa, no bairro Nova Campinas.
Segundo Maurício Queiroz, cunhado de Camila, ela foi bem tratada no cativeiro.

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