São Paulo, domingo, 6 de agosto de 1995
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Soluções criativas evitam créditos duvidosos

DA "AGÊNCIA DINHEIRO VIVO"

Para resolver os problemas de inadimplência, as instituições financeiras estão se desdobrando em busca de alternativas de renegociação. A intenção é evitar o aumento das provisões para créditos em liquidação duvidosa, uma obrigatoriedade que provoca a redução do lucro nos balanços.
O alongamento via recursos captados no exterior é mais frequente entre empresas maiores, que trocam débitos a taxas que podem chegar a 100% ao ano mais correção pela TR por juros de 30% ao ano mais variação cambial.
Na hora da renegociação não há fórmula pronta e a discussão é feita caso a caso. Alguns bancos, em especial os de pequeno porte, estão esticando o pagamento das dívidas de seus clientes ao máximo.
O pagamento em até 12 parcelas está sendo muito usado para sanar rombos no cheque especial, cartão de crédito e nas linhas de crédito direto ao consumidor. Diretores de várias instituições explicam que, diante do risco de não receber nenhum centavo, a possibilidade de recuperar pelo menos a metade dos atrasados já é bom negócio.
Para pequenas empresas, a proposta mais usual é de pagamento do principal mais juros e multas em duas ou três parcelas, sem a incidência de novos juros no período. Ou, então, o alongamento de prazos de 90 a 120 dias, a taxas mínimas de 5% efetivas ao mês, para 10 ou 12 meses a juros próximos do custo do dinheiro, que hoje está em 3,90% efetivos mês.

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