São Paulo, domingo, 6 de agosto de 1995 |
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Entenda o projeto dos Annales
SHEILA SCHVARZMAN
Os "pais fundadores", influenciados pela sociologia de Durkheim e pelas ciências sociais, propõem o abandono do acontecimento, em benefício de estudos que relacionam o homem ao seu tempo e espaço, a partir das perguntas formuladas pelo presente. Para Bloch a história era a "ciência da mudança", mas devia estar longe da influência de ideologias e dos poderes estabelecidos. Nos anos 50 e sob a influência do estruturalismo, Fernand Braudel introduz a noção da longa duração em que privilegia o estudo dos sistemas e não mais das mudanças. A partir de 1968 começa a se gestar a "Nova História". O trabalho do historiador se alarga em direção aos campos do conhecimento, sujeitos e objetos inexplorados. É o "outro" revelado pela antropologia e pela psicanálise que ecoa também na história. Essa ampliação é teorizada na obra "Fazer a História" de 1974 e dirigida por Pierre Nora e Jacques Le Goff. Essa tendência atinge enorme sucesso editorial, mas o risco da fragmentação conduz a uma "virada" crítica no interior da própria escola a partir de 1988. (SS) Texto Anterior: A mania da fragmentação Próximo Texto: Um clásico sai do esquecimento Índice |
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