São Paulo, segunda-feira, 7 de agosto de 1995 |
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Categorias querem participação já
CRISTIANE PERINI LUCCHESI
``O prêmio resolve o problema de inadimplência do trabalhador, pois ele ganha dinheiro imediato", afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, diretor da Força Sindical. A categoria tem data-base em novembro, mas vem negociando e fazendo greve em inúmeras empresas desde já para conseguir programas de participação nos lucros ou resultados. ``O que era para fazer a própria produção da empresa crescer está se transformando em motivo para uma guerra no movimento sindical", disse. O principal problema, segundo Paulinho, é que os empresários ``não abrem o jogo" e querem quase sempre esconder os lucros da empresa. Por isso, o sindicato criou o Disk-resultados -(011) 239-1470-, telefone por intermédio do qual os trabalhadores informam o sindicato sobre a real situação da empresa. ``Nossos melhores acordos foram negociados após recebermos informações de trabalhadores", afirmou Paulinho. O Sindicato dos Metalúrgicos do ABCD contornou o problema de outra forma. ``Só negociamos acordos sobre participação nos resultados, nunca nos lucros. Lucro o empresário pode esconder. Mas resultados, como, por exemplo, total de faltas ou peças produzidas, o trabalhador tem controle", diz Luiz Marinho, vice-presidente. Já no setor bancário, a participação nos lucros ou resultados é tabu maior do que na indústria. ``Posso contar nos dedos o número de instituições que praticam o programa", disse o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Ricardo Berzoini. Texto Anterior: Sindicatos terão de validar os acordos Próximo Texto: Empresas admitem insegurança Índice |
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