São Paulo, segunda-feira, 7 de agosto de 1995
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Lua-de-mel entre países chega ao fim

Membros fazem balanço dos problemas

LUCAS FIGUEIREDO
ENVIADO ESPECIAL A ASSUNÇÃO

Acabou a lua-de-mel no Mercosul. Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai concluíram que ainda são muitos os desafios internos para implementar o projeto original do Mercosul, que prevê a união aduaneira e o livre comércio entre os países-membros.
As dificuldades detectadas também deverão retardar as propostas de associação do Mercosul com outros países da América Latina e com a Comunidade Econômica Européia.
Estas são as conclusões da 8ª Reunião do Conselho do Mercosul e do encontro de cúpula entre os presidentes, realizados semana passada em Assunção, capital paraguaia.
O encontro de Assunção resultou na assinatura de um comunicado conjunto dos presidentes dos países-membros, cartas de intenção com a Bolívia e o Chile e outras 22 resoluções (veja quadro nesta página).
Após setes meses da criação da zona livre entre os quatro países, o Paraguai passa, com um mês de atraso, a presidência do Mercosul para o Uruguai.
O mandato uruguaio deverá ser marcado pelo esforço de superar os conflitos que têm surgido entre os países-membros.
Em menos de um ano de parceria, Brasil e Argentina viveram uma crise por causa da disputa no setor automotivo e o Uruguai apresentou reclamações oficiais contra as alterações promovidas pelo governo brasileiro na sua política de comércio exterior.
Mesmo assim, todos os presidentes fizeram questão de afirmar em seus discursos no encontro de cúpula que as dificuldades serão constantes, mas que o aumento do comércio entre os países justifica o desafio.
Apesar dos conflitos, os chefes de Estado sabem que o Mercosul é um negócio lucrativo. Em 1991, o comércio no Mercosul era de US$ 4 bilhões. No final deste ano, será de US$ 12 bilhões.

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