São Paulo, segunda-feira, 7 de agosto de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Presos 4 acusados da chacina de Atibaia

DA FOLHA SUDESTE

A Polícia Civil de Atibaia (65 km a norte de São Paulo) prendeu ontem quatro pessoas acusadas de realizar uma chacina na cidade na última sexta-feira.
Foram presos Wilson Silva, 27, Márcio Messias Souza, 18, Pedro Reinaldo Silva, 22 e o adolescente R.F.A., 15.
Ainda há mais dois suspeitos que a polícia espera prender nesta semana.
A chacina em Atibaia aconteceu em um bar do Jardim Boa Vista, na periferia da cidade, por volta das 18h.
Sete pessoas foram assassinadas no bar e uma outra na estrada velha de Mariporã.
Essa última vítima, William Moisés da Silva, 20, fazia parte da quadrilha que executou o crime, segundo a polícia.
Os mortos no bar foram Adão Ampúdia, 50, Lucília Zeferino Dias, 37, Otair Dias, 33, Roberto Aparecido de Lima César, 36, Adair José Lauriano, 18, e Natalino Pereira dos Santos, 32.
Uma vítima ainda não foi identificada pela polícia de Atibaia.
A única testemunha da chacina foi a menina M., 5, que era filha do casal Adão e Lucélia.

Investigações
O delegado seccional de Bragança Paulista, Djahy Tucci Júnior, 47, está comandando as investigações do caso.
Junto com as vítimas Adão e Lucélia foram encontrados papelotes contendo cocaína e pedras de crack prontos para serem vendidos.
O casal estava atrás do balcão na hora do crime. Eles já tinham passagem pela polícia.
Também foram encontrados aproximadamente dois quilos de maconha prensada em forma de tijolo.
Segundo o delegado Tucci Júnior, o bar funcionava como ponto de venda de drogas. O ponto ainda não era conhecido da polícia.
``O casal Adão e Lucélia comprou o bar recentemente, mas não abriam diariamente", disse o delegado.
Segundo a polícia, cada uma das vítima levou cerca de cinco tiros de revólveres de diversos calibres (38, 7.65 e 380).
O bar funcionava na frente de uma casa de propriedade de N. A. F., 45. Ele confirmou que Adão e Lucélia alugaram o ponto do bar há 40 dias.
O dono da casa afirmou que estava assistindo televisão quando ouviu os tiros, que duraram cerca de um minuto.

Texto Anterior: Ataques de tubarões
Próximo Texto: WALTER CENEVIVA
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.