São Paulo, segunda-feira, 7 de agosto de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Festa do futebol no interior atrai poucas celebridades

ROGERIO SCHLEGEL
ENVIADO ESPECIAL A RIBEIRÃO PRETO

Faltaram celebridades à final do Campeonato Paulista, ontem, em Ribeirão Preto. O ausente mais célebre foi o governador Mário Covas. Às voltas com uma erisipela, que o obrigou a cancelar compromissos nos últimos dez dias, Covas passou o domingo na condição que, no jargão do futebol, é descrita como ``dúvida".
Mesmo após o começo do jogo, ainda havia quem o esperasse no estádio. ``Vocês da imprensa estão sabendo se Covas não vem mesmo?", perguntava o prefeito de Ribeirão Preto, Antônio Palocci (PT), aos 5min de jogo. Não foi.
Sem concorrentes, quem brilhou foi Monique Evans, 39, que no início do jogo entrou em campo com um time de modelos para promover a equipe de futebol feminino da casa noturna Limelight, de São Paulo.
``Não vi ninguém que fosse mais conhecido", disse Monique. ``Eu mesma vim a trabalho. Estou aqui porque estou ganhando para isso."
Para ela,``as finais no Rio são mais interessantes, porque todo mundo vai".
Como principal estrela no setor de camarotes, ocupado predominantemente por homens, Monique mal conseguia se desvencilhar do assédio dos curiosos.
Recebeu até um convite para tirar fotos ao lado de um orelhão da Ceterp, a companhia de telecomunicações da Ribeirão. ``Vai ser uma prestação de serviço à cidade", insistiu o curioso.
Roberto Gusmão, ex-ministro da Indústria e Comércio no governo Sarney e atual presidente da cervejaria Antarctica em Ribeirão, deu o ar da graça discretamente.
Pouco circulou, preferindo ficar na tribuna de honra da Federação Paulista, ao lado do prefeito Palocci e do vice-presidente Rubens Approbato Machado. O presidente Eduardo José Farah não apareceu.
Mesmo o movimento de celebridades locais foi fraco. No camarote da Câmara Municipal, nenhum vereador.
No destinado ao Poder Judiciário, havia juízes e promotores, mas o diretor do Fórum, Sérgio Sá Figueiredo, titular do camarote, só mandou seu filho para representá-lo.
Sócrates estava lá, mas, figura conhecida nas rodas de chope da cidade, já não provoca mais rebuliço por onde passa.

Texto Anterior: Feira agropecuária empata com final
Próximo Texto: Fisiculturista vê clima carinhoso no estádio
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.