São Paulo, segunda-feira, 7 de agosto de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Rádios afirmam que gravadoras tentavam interferir na programação
LUIZ ANTÔNIO RYFF
``As gravadoras botavam gente nas rádios para induzir os programadores a colocar suas músicas", afirma Plínio Marchini, diretor geral do Sistema Globo de rádio (11 emissoras nas cidades de São Paulo e Rio). ``As gravadoras nos procuravam dizendo que queriam fazer uma mídia (veicular anúncios) e em troca pediam um retorno em execução (que a rádio tocasse as músicas da gravadora). Toda vez que esta música não feria a programação da rádio, a gente atendia", diz Armando Campos, dono da rádio Tropical, no Rio. Marchini diz que o Sistema Globo não aceita acordo com gravadora cuja contrapartida seja a divulgação de música. Afirmando que nenhuma rádio assume que faz ``jabá", Marchini diz que impediu a entrada de funcionários das gravadoras nas rádios do Sistema Globo. Ele também diz que proibiu promoções com parceria da rádio com as gravadoras. ``Promoção é coisa da rádio. Não vamos aceitar mais que a gravadora compre carro. Não faremos parceria de promoção que inclua a compra de bens ou serviços pela gravadora", diz. Há quem diga que não existe problema entre rádios e gravadoras. ``As gravadoras suspenderam os anúncios por uma contingência mercadológica", avalia Miriam Gabriel Chaves, diretora da rádio Transamérica -rede que atinge 32 cidades brasileiras via satélite. Miriam desconversa sobre a compra de ``spots" publicitários e promoções em troca de músicas escolhidas pelas gravadoras. ``Não tem nada a ver eu dar uma declaração sobre o que acontecia. As pessoas que faziam isso não estão mais aqui. Na minha gestão (que, segundo ela, começou no dia 1º de junho) não vai ter isso. A gente vai vender mídia normal", afirma. (LAR) Texto Anterior: Mutantes têm disco inédito gravado em 70 Próximo Texto: Jabaculê não é considerado crime Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |