São Paulo, terça-feira, 8 de agosto de 1995 |
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Governadores cobram detalhes do projeto
PAULO PEIXOTO; HELCIO ZOLINI; <UN->CARLOS ALBERTO DE SOUZA
Sem isso, consideram difícil definir qualquer tipo de apoio ao projeto do Palácio do Planalto. O governador de São Paulo, Mário Covas (PSDB), por exemplo, disse que não dá "para você contribuir para alguma coisa se o conteúdo exato você não conhece". Já Antônio Britto (PMDB), do Rio Grande do Sul, disse em Porto Alegre, que o governo apresentou ``um conjunto de intenções". Britto deixou o encontro antes de seu final alegando que tinha compromissos inadiáveis em seu Estado. Na semana passada, após audiência com o presidente Fernando Henrique Cardoso, ele já tinha manifestado a mesma crítica. Segundo Britto, na reunião em Belo Horizonte, não ficou ``claro de que forma essas intenções serão perseguidas ou alcançadas pelo governo". Na sua opinião, para melhor definição das propostas, o encontro de ontem deveria ser precedido de um entre técnicos. ``O ministro Pedro Malan (da Fazenda) disse que vai encaminhar as propostas em toda a sua profundeza e detalhes. A partir daí teremos acesso aos ministros para propor modificações, além das nossas bancadas poderem também atuar", contemporizou Marcello Alencar (PSDB -RJ). O governador fluminense disse que foi à reunião com a ``preocupação da contabilidade", mas que saía do encontro ``absolutamente tranquilo, porque não haverá nenhum prejuízo aos Estados". Jaime Lerner (PDT-PR) e Paulo Afonso Vieira (PMDB-SC) mostraram-se preocupados com a definição do fundo de compensação anunciado pelo governo. ``Quanto tempo vai durar esse fundo: um, dois anos? Será que depois disso vão nos tirar o tapete?", indagou Lerner. O anfitrião Eduardo Azeredo (PSDB-MG) também cobrou da equipe econômica maior ``detalhamento" do projeto. Colaborou CARLOS ALBERTO DE SOUZA, da Agência Folha em Porto Alegre Texto Anterior: Sem trégua Próximo Texto: Ausente, Roseana critica reforma e reunião Índice |
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