São Paulo, quarta-feira, 9 de agosto de 1995 |
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Governo pode indenizar mais de 200 famílias
EMANUEL NERI
O governo tinha decidido inicialmente indenizar apenas 136 dos 152 nomes de desaparecidos no regime militar (1964-1985). Esses nomes constam das listas de entidades de direitos humanos. Além dos desaparecidos, há outras 217 pessoas consideradas oficialmente mortas, o que eleva os óbitos para 369. Na semana passada, o governo anunciou que incluirá na relação de indenização os presos que morreram em prisões, ou seja, sob custódia do Estado. Esse é o caso do jornalista Wladimir Herzog e do operário Manoel Fiel Filho, mortos sob tortura em 1975 e 1976, respectivamente. Iara Xavier, da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos, diz que se o critério se limitar a essas versões oficiais serão acrescidos no máximo 15 nomes aos 136 da lista do governo. Caso o critério para concessão de indenização inclua testemunho de pessoas que também estiveram presas, a lista será acrescida de mais 70 nomes. O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Nilmário Miranda (PT-MG), acatou a posição dos familiares e vai propor emenda ao projeto do governo concedendo indenização a todos os mortos. Texto Anterior: Caso é prioritário, diz PF Próximo Texto: Líderes governistas acham reforma 'tímida' Índice |
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