São Paulo, quarta-feira, 9 de agosto de 1995
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Giovanni não muda timidez

MÁRIO MAGALHÃES
DO ENVIADO A TÓQUIO

O mais tímido dos 22 jogadores da seleção na excursão à Ásia faz hoje seu primeiro grande teste no time.
Quase sempre calado, o meia do Santos fará dupla com Edmundo no ataque.
Embora tenha sido convocado sete vezes, até hoje ele só jogou 26 minutos, contra Inglaterra e Israel.
A sua escalação abre nova opção no ataque: com 1,90 m de altura, é mais alto do que os três zagueiros japoneses, cuja média é de 1,82 m.
``Podemos explorar as cabeçadas de Giovanni", diz o técnico Zagallo.
(MM)

Folha - Zagallo decidiu testá-lo como atacante, e não como jogador de meio-campo próximo ao ataque. O que você achou da escolha?
Giovanni - Prefiro assim. No começo deste ano, atuava no Santos como o Leonardo jogará hoje. Mas agora, no clube, é o Jamelli quem faz isso.
Folha - Como você gosta mais de jogar?
Giovanni - Gosto de buscar a bola no meio, vindo de trás até o gol. Na frente, fico mais liberado. Mas não quero jogar fixo, parado.
Folha - Você foi considerado por integrantes da comissão técnica excessivamente inibido, em suas sete convocações. O que falta para vingar na seleção?
Giovanni - Entrei no fim de dois jogos. É pouco para mostrar que posso ficar.
Folha - Você é sempre calado, mesmo no Santos?
Giovanni - Sou tímido sempre. Já me avisaram que isso pode me prejudicar. Mas não mudo, sou calmo. Folha - Romário e Edmundo se destacaram na seleção também pelo comportamento. Isso ajuda?
Giovanni - Sou convocado pelo que jogo. Se está tudo certo, por que vou agitar?

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