São Paulo, domingo, 13 de agosto de 1995 |
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Para morador, há pouca terra
PAULO MOTA
Sua família, classificada como indigente, sobrevive com R$ 100,00 da aposentadoria recebida por sua mulher, Raimunda Verônica do Nascimento, 60. Pereira afirma que só consegue plantar quando algum proprietário cede a terra. ``No ano passado, ninguém quis me emprestar terra e minha família passou fome", afirmou. O lavrador nunca ouviu falar do Programa da Comunidade Solidária. Não existem dados oficiais sobre a situação fundiária em Araripe. O padre da cidade, Raimundo Araújo da Silva, calcula que 90% das terras pertencem a dez proprietários. Pereira vive com a mulher, quatro filhos, duas noras e dois netos numa casa de taipa (construída com barro e madeira). A casa tem três cômodos e mede cerca de 30 metros quadrados. Não tem banheiro, geladeira, TV ou rádio. Na terça-feira, a família não comeu nada no café da manhã. O almoço foi caldo de feijão com farinha. O jantar seria a sobra do almoço. Texto Anterior: Falta cesta para a 'campeã' de indigência Próximo Texto: Bahia fica com 46% das cestas básicas Índice |
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