São Paulo, domingo, 13 de agosto de 1995 |
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Importador é obrigado a alugar um depósito extra Produto encalhado ocupa 5.000 metros quadrados MÁRCIA DE CHIARA
Giuseppe Bizarro, do grupo, diz que seus quatro galpões, que somam uma área de 47 mil metros quadrados, se tornaram insuficientes para abrigar toda a mercadoria. É que os produtos já tinham sido comprados quando o governo resolveu aumentar o imposto de importação no final de março e a economia entrou na rota do desaquecimento. Até julho, a empresa continuou a receber o mesmo volume de produtos projetado na época em que a economia estava aquecida. ``Não podíamos barrar os negócios fechados no exterior", diz Bizarro. Com a retração de até 30% registrada nas vendas a partir do segundo trimestre do ano, os estoques da empresa começaram a crescer. ``Hoje temos produto para girar em 55 dias. O volume normal deve ficar entre 35 e 40 dias", diz. Resultado: a empresa reduziu em 30% as compras e decidiu facilitar o pagamento para enxugar os estoques. As vendas só começaram a reagir a partir do final de julho, quando a empresa ampliou de três para quatro o número de prestações. A mesma estratégia foi adotada por outra revenda de importados, a Import Express. Gilberto Asmar, sócio-diretor, conta que desde julho começou a facilitar o pagamento de eletrodomésticos, eletrônicos e brinquedos importados em até três vezes sem juros. ``Sem promoção não se vende. Nossos depósitos estão abarrotados", diz Asmar. O objetivo da empresa é enxugar o nível de estoques, hoje para 45 dias. O normal é ter produto para 15 ou 20 dias. Para Bizarro e Asmar, os estoques de produtos importados só vão estar adequados ao novo patamar de vendas a partir de setembro. Até lá as promoções vão se encarregar em reduzir o volume de produto. Além disso, o corte nas compras começa a ter reflexo no volume que entra no depósito. (MCh) Texto Anterior: Estoques voltam ao normal em setembro Próximo Texto: Para consultor, ajuste será seletivo Índice |
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