São Paulo, domingo, 13 de agosto de 1995
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Para consultor, ajuste será seletivo

DA REPORTAGEM LOCAL

A equipe econômica vai ajustar a política de crédito e juros de forma seletiva e gradual. A opinião é do consultor Toshinobu Ushirobira, diretor da Trevisan Consultores Associados.
``O governo vai passar os juros por um pente fino, equilibrar a taxa de câmbio e começar a flexibilizar o crédito de forma seletiva, para os setores que estão no gargalo", afirma.
Esses setores seriam a indústria automobilística e seus revendedores, além do varejo (magazines, principalmente).
A indústria vai ser beneficiada indiretamente, diz Ushirobira. As demais empresas e setores ``vão ter de administrar o dia-a-dia da crise".
Na opinião do consultor, o varejo é o segmento mais afetado. Embora os bancos enfrentem a mesma onda de inadimplência do comércio, estão muito mais cercados de garantia, argumenta.
Para Girz Aronson, o presidente da rede G. Aronson, as dificuldades do setor decorrem das taxas de juro elevadas.
Já o dono da rede Casas Bahia (130 lojas), Samuel Klein, o problema do varejo é muito mais de opção do que de situação.
``Nós compramos e vendemos sem nenhum problema. Não estamos enfrentando inadimplência nem nada disso", afirma. A rede vende em até 12 pagamentos.
O segredo é trabalhar na faixa mais popular, afirma Klein. ``Onde tem povo nós estamos lá. Não apostamos no gigantismo". Segundo ele, o estoque está normal.

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