São Paulo, terça-feira, 15 de agosto de 1995
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Museu completa cem anos no Pará

ESTANISLAU MARIA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM

O parque zoobotânico do museu Emílio Goeldi -primeiro zoológico do Brasil- faz cem anos hoje, tentando administrar problemas financeiros e de infra-estrutura.
Segundo a diretora Adélia Rodrigues, há viveiros com infiltração de água e árvores que podem cair por problemas de sustentação.
A biblioteca Clara Galvão está fechada desde 92, e alguns cargos de chefia ainda não foram ocupados. ``Falta pessoal e há uma série de reformas que precisam ser feitas", diz a diretora.
Convênio assinado neste ano com o G-7 (grupo dos sete países mais ricos formado por EUA, Canadá, Japão, Inglaterra, Alemanha, França e Itália) vai somar US$ 3,5 milhões ao orçamento anual do museu nos próximos três anos. O dinheiro será investido em infra-estrutura.
Reconhecido mundialmente e mantido com uma verba anual de R$ 2,6 milhões, o museu é uma instituição federal ligada ao CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
No campus da Universidade Federal do Pará, o museu mantém um centro de pesquisas com 164 pesquisadores (profissionais e bolsistas) e uma estação científica a 350 km de Belém.
São feitas pesquisas nas áreas de zoologia, botânica, geologia, antropologia, linguística, arqueologia e museologia.
O parque do museu tem cerca de 600 animais, 2.000 árvores de 800 espécies em 52 mil metros quadrados de mata tropical, 296 funcionários e uma visitação anual de 500 mil pessoas.
No Emílio Goeldi, podem ser vistos animais ameaçados de extinção, como o peixe-boi, a onça-pintada ou a arara-azul e árvores da região, como a andiroba e o mogno.
``O parque é o museu. Os animais e plantas são seu acervo", explica o diretor de museologia, Antônio Carlos Lobo Soares.
O parque é uma espécie de oásis no centro de Belém, que fica lotado nos finais de semana.
É um quadrado verde encravado na avenida Magalhães Barata, uma das mais movimentadas da cidade, e não tem mais para onde crescer.
A saída seria mudar o parque para um local maior e mais distante. Mas a idéia de transferir o parque, diz a diretora Adélia Rodrigues, é rejeitada pela população.
A festa de aniversário começa pela manhã, com um culto ecumênico. Depois, acontecem visitas programadas especiais para escolas e público em geral. Serão distribuídas sementes e mudas de plantas durante as visitas.

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