São Paulo, sexta-feira, 18 de agosto de 1995 |
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Governo vai gastar no mínimo R$ 440 mi
GUSTAVO PATÚ
Outros R$ 65 milhões sairão da reserva monetária, uma fonte de recursos originária da cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) até 88, que hoje conta com R$ 180 milhões em caixa. Esse dinheiro cobrirá os saques em conta corrente, segundo determinação do BC -não há obrigação legal para cobertura deste tipo de depósito, em que o Econômico possui R$ 122 milhões. Liquidação Se não for possível a venda do Econômico durante a intervenção, o banco será liquidado pelo BC. Com essa medida, haverá novos custos para o governo, que arcará com as dívidas e passivos trabalhistas não cobertos pelo patrimônio do Econômico. O presidente do BC, Gustavo Loyola, quer uma solução rápida. A intervenção federal, decretada na última sexta-feira, tem prazo máximo de um ano -seis meses pelo prazo normal, prorrogável por igual período. Segundo a Folha apurou, o BC não pretende renegociar a dívida do Econômico junto à linha de assistência financeira do órgão, que é de R$ 1,9 bilhão. O pagamento à vista caberá ao empresário ou governo que assumir o banco. A estatização do Banco Econômico dependerá, além da vontade do governador baiano Paulo Souto (PFL), de um decreto presidencial autorizando a operação. Essa é a posição da área jurídica do BC. Em outras palavras: o presidente Fernando Henrique Cardoso teria que endossar, por escrito, a criação de mais um banco estadual -até aqui, seu governo tem atuado em favor da redução do número de instituições deste tipo. Os procuradores do BC estão trabalhando em conjunto com a AGU (Advocacia Geral da União) na avaliação da viabilidade jurídica da desapropriação, pela Bahia, de 51% das ações do Econômico. Texto Anterior: PT consegue assinaturas para a CPI do BC Próximo Texto: Rombo é maior do que se previa, diz interventor Índice |
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