São Paulo, sexta-feira, 18 de agosto de 1995 |
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Paranaense pede asilo
ANA MARIA MANDIM
"Sinto-me perseguida pelos meus governantes, diz. "Como é que o presidente usa o dinheiro do povo para salvar um banco de caciques? Será que ele acha que os brasileiros aqui embaixo não pensam, não têm sentimentos?" Salete conta que durante o Plano Cruzado, em l986, pagou por um carro usado o preço de um novo, por causa do ágio. "Tinha economizado durante cinco anos para comprar um zero quilômetro", disse. Em 1990, no Plano Collor, viu confiscada a poupança com que pagaria o acompanhamento de sua gravidez. "Fiquei sem dinheiro para fazer os exames. Tive complicações e acabei perdendo meu filho". Agora, vivendo o Plano Real, Salete não sabe mais o que pensar. "Estou cansada. Acho que o presidente colocou em jogo tudo o que vinha sendo construído com o sacrifício dos salários achatados e do desemprego." Texto Anterior: Econômico não interessa a outros bancos Próximo Texto: O que houve e não há Índice |
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