São Paulo, domingo, 20 de agosto de 1995
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Tome sentido inverso de operações prefixadas

DA ``AGÊNCIA DINHEIRO VIVO"

O mercado futuro projeta queda do juro efetivo para 3,46% em setembro, 0,36 ponto percentual abaixo dos 3,80% estimados para agosto.
Essa queda, contudo, representa alta no juro por dia útil -que hoje é de 0,16%- para 0,17%, porque setembro tem três dias úteis a menos que agosto.
Essa previsão encarece os empréstimos de capital de giro prefixado daqui para frente. A cada dia em que o vencimento de um contrato de 30 dias no giro pré entra em setembro, maior o número de dias úteis com juros a 0,17%.
Na sexta-feira, fechada pela taxa mínima, a operação estava a 3,81% efetivo/mês (0,1871% ao dia). Amanhã, sobe para 4,02% (0,1879% ao dia), somente por conta da diferença de juros diários entre agosto e setembro.
Travar uma operação prefixada agora pode ser perigoso porque a perspectiva é de que os juros cedam mais até o final do ano. Devem cair até mais do que o sinalizado pelo DI futuro, que baliza as taxas cobradas no giro pré.
O DI futuro fechou sexta-feira projetando 3,79% para agosto, mas várias instituições apostam que o juro efetivo deve encerrar o mês a 3,60%. O mesmo raciocínio vale para os meses seguintes.
Diante disso, a captação de recursos no hot money -para quem consegue a taxa mínima de 0,16% ao dia- começa a ficar mais interessante. Quem puder esperar no hot até o final do mês conseguirá taxas atrativas depois no giro pré.

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