São Paulo, quarta-feira, 23 de agosto de 1995 |
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Indenizações têm dois focos de oposição
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA Os chefes das Forças Armadas enfrentam dois tipos de oposição ao projeto de lei do governo que autoriza a indenização a familiares dos desaparecidos políticos: a resistência aberta da maioria dos militares da reserva e a resistência não-ostensiva de setores da ativa.Na ativa, a grupo que faz oposição ao projeto é minoria e vem sendo derrotado no confronto com o comando militar em Brasília. Na quinta-feira, o ministro do Exército, Zenildo de Lucena, divulgou nota oficial dizendo que a indenização era um problema exclusivo do presidente da República. A maioria da reserva é contra o projeto porque é formada basicamente pelos militares que participaram diretamente do movimento militar de 64. Para esses, a Anistia é o limite de qualquer revisão dos atos do regime militar. Agora, com a discussão sobre o projeto dos desaparecidos, a reserva teme que os atuais comandantes militares sejam pressionados a fazer publicamente um ``mea culpa". Os militares da ativa não podem se pronunciar publicamente. A esses incomodam sobretudo as denúncias contra militares que ainda exercem suas funções e são identificados por organizações de defesa dos direitos humanos como ex-torturadores. Texto Anterior: Militar quer destruir os documentos do arquivo do extinto Dops de Goiás Próximo Texto: Estudo desaconselha cirurgia na próstata Índice |
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