São Paulo, segunda-feira, 28 de agosto de 1995
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Frota cresce 25% e piora o ar

DA REPORTAGEM LOCAL

A frota na região metropolitana de São Paulo cresceu 25% de 1990 a 94. No ano passado, o total de veículos que circula na região alcançou 4,8 milhões.
O resultado da enxurrada de novos carros nas ruas foi o aumento dos congestionamentos, que pioraram ainda mais a poluição na região metropolitana.
Um automóvel no trânsito lento chega a emitir até 10% a mais de monóxido de carbono do que em situação normal de tráfego.
O rodízio promovido esta semana pela Cetesb tem o objetivo de tirar de circulação 20% dos carros da cidade.
Se der certo, os técnicos da empresa calculam que poderá haver uma redução de até 30% na produção de monóxido de carbono.

Limites
A poluição na cidade só não está pior porque nos últimos anos as montadoras passaram a fabricar veículos que liberam cada vez menos poluentes.
Desde o início da década, a indústria é obrigada a obedecer as determinações do Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores), que estabeleceu limites anuais de emissão por veículo.
Em 1984, um carro novo a gasolina liberava em média 28 gramas de monóxido de carbono por quilômetro. Em 94, os carros saíram das fábricas emitindo 6 gramas por quilômetro.
Levará alguns anos, porém, para que o programa, gerenciado pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), dê todos os resultados esperados.
Hoje, cerca de 60% da frota da cidade de São Paulo tem mais de 10 anos de uso. Ou seja, emite muito mais poluentes do que seria razoável.

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