São Paulo, segunda-feira, 28 de agosto de 1995 |
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Argentina ganha, convoca e discute greve
EDGARD ALVES
Depois da partida, teve buzinaço nas ruas centrais de Neuquén (a cidade tem 167 mil habitantes). Grande número de torcedores se concentrou em frente ao hotel Comahue, onde as delegações estavam hospedadas, para homenagear a seleção argentina. Há mais de quarenta anos a Argentina não disputa torneios olímpicos. A última vez foi em Helsinque, Finlândia, em 1952. Em 1980, no Pré-Olímpico de Porto Rico, os argentinos conquistaram a classificação, mas o país aderiu ao boicote aos Jogos de Moscou e continuou afastado. Logo após a partida, na entrevista coletiva oficial, o técnico Guillermo Edgardo Vecchio anunciou que os 12 jogadores do atual conjunto já estavam convocados para o time da Olimpíada. Ontem, os jogadores argentinos integraram uma mesa da Associação Nacional de Jogadores, durante entrevista coletiva. O presidente da entidade, Angel Cerisola, anunciou a possibilidade de início de uma greve (a liga nacional começa no próximo dia 26) no basquete argentino. Os jogadores exigem um contrato coletivo de trabalho. Não aceitam o ranqueamento de atletas proposto pela direção dos clubes. No jogo de sábado contra o Brasil, a Argentina encontrou dificuldades. O placar marcou empate em 70 pontos. Faltando 38 segundos, com a Argentina na frente por 83 a 76, o brasileiro Maury levou falta técnica, por reclamação, quando a a bola seria do Brasil. Equipes e marcadores: Brasil - Pipoca (13), Maury (12), Fernando (8), Oscar (32), Israel (8), Chuí (3), Josuel (6), Rolando e Márcio; Argentina - Milanésio (4), Espil (31), De La Fuente (8), Osella (11), Nicola (20), Racca (2), Perez (11), Wolkowysky e Farabello. Texto Anterior: Oscar disputa 5ª Olimpíada Próximo Texto: 'Síndrome da violência' afugenta os torcedores Índice |
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