São Paulo, terça-feira, 29 de agosto de 1995
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Presos são flagrados em passeio não-autorizado

FREE-LANCE PARA A FOLHA

A polícia transferiu ontem 25 presos da carceragem Ponto Zero, em Benfica (zona norte do Rio), para a Polinter, na praça Mauá (centro), por terem saído para ``um passeio" no domingo.
A Ponto Zero, que tinha até ontem 95 presos, é uma prisão para policiais e presos especiais (com diploma universitário). A Polinter é uma prisão para presos comuns.
A ausência dos presos foi constatada pelo inspetor-geral da Secretaria da Segurança, delegado Manoel Vidal, que foi à carceragem para uma inspeção de rotina.
Quando o delegado chegou, às 20h15 de domingo, os 70 presos que estavam na carceragem iniciaram um tumulto para evitar a checagem da lista de presos.
Os presos apagaram as luzes das celas e começaram a gritar. Vidal pediu reforços a equipes de inteligência da Polícia Civil.
O carcereiro do dia, Edvaldo de Oliveira, não estava na delegacia e ainda não se apresentou à polícia. O auxiliar de serviços gerais, Paulo César Machado, que estava no local, foi autuado e preso.
A decisão radical, segundo um assessor da Secretaria da Segurança, foi a única encontrada para punir os presos. ``Eles quebraram a regra e perderam os direitos.".
Na porta da Ponto Zero, foi preso também o detetive Mauro César Siqueira, da 60ª DP (Delegacia de Polícia), que tinha ido visitar amigos policiais que estavam presos.
O detetive tinha ido à carceragem com um Fiat roubado há pouco tempo.

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