São Paulo, quarta-feira, 30 de agosto de 1995
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Inadimplência aumenta 77,4% no México

FLAVIO CASTELLOTTI
DA CIDADE DO MÉXICO

A inadimplência no México (total de créditos em liquidação) subiu 77,4% em termos reais no primeiro semestre de 95, chegando a US$ 11,1 bilhões (cifras não-oficiais falam em US$ 16 bilhões).
No mesmo período, o lucro dos 38 maiores bancos privados do México foi de US$ 365 milhões -queda de 51,4% na comparação com o primeiro semestre de 94.
Os dados estão no estudo de desempenho do setor financeiro realizado semestralmente pela CNBV (Comissão Nacional Bancária).
Em média, diz o estudo, a margem de lucro do setor financeiro caiu 82%, o índice de rentabilidade sobre patrimônio, 44,5% e a rentabilidade sobre ativo, 51%.
Para combater a inadimplência, os bancos lançaram em conjunto com o governo um programa de apoio a devedores, que reduz em até 60% os juros de créditos concedidos antes de 20 de agosto.
Os bancos terão de absorver 50% dos custos do programa, cerca de US$ 1 bilhão. O governo se encarregará da outra metade.
Para o presidente da CNBV, José Maradiaga, muitos créditos tidos como irrecuperáveis poderão ser renegociados. ``Tanto bancos como devedores saem ganhando".

Mercosul
O Ministério de Comércio e Fomento Industrial do México anunciou ontem que tem interesse em renovar todos os acordos de preferência comercial que possui com os países do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai).
``O objetivo não é a simples renovação, mas o estabelecimento de tratados mais amplos, modernos e duradouros", disse o subsecretário de Comércio Internacional, Jaime Zabludowsky.
Os convênios vigentes entre México e Mercosul venceram em junho, mas foram prorrogados até dezembro, na ausência de um tratado mais amplo.

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