São Paulo, sábado, 2 de setembro de 1995
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'Critérios não são científicos'

FERNANDO ROSSETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente da editora do livro de matemática que está sendo distribuído no Nordeste este ano, Jorge Yunes, diz que vai "à Justiça para mostrar que os critérios de avaliação dos livros didáticos não são científicos".
Yunes, que é presidente do PPR paulista, diz que, nas reedições do mesmo livro, há correções.
"Procuramos ter o melhor livro possível", afirma.
Para ele, "a melhor seleção dos livros é feita pelos professores". Yunes discorda que a publicidade que as editoras fazem com os professores sobre os livros possa influenciar essa escolha.
Os representantes do MEC, da FAE e do Banco Mundial no processo de seleção dos livros deste ano admitem que pode ter ocorrido uma falha no processo de licitação.
Os livros primeiro foram avaliados. Quando aprovados -independente da nota que recebiam- foram então selecionados pelo preço.
Na lista de livros que seriam distribuídos, entrava o de menor preço e aqueles que estivessem até 15% acima desse valor.
Como os livros de matemática do Ibep eram mais de 15% mais baratos do que o restante, só eles entraram na lista deste ano.
"Foi um processo limpo e transparente, com regras bem estabelecidas para evitar qualquer favorecimento", afirma Robin Horn, do Banco Mundial.
Com o surgimento dos problemas de livro único e da alegada baixa qualidade, a idéia é que em futuras licitações se fará uma média das notas que os livros tiraram em qualidade e preço.
(FR)

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