São Paulo, sábado, 2 de setembro de 1995
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Infecções atingem paciente e dentista

AURELIANO BIANCARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Segundo especialistas, qualquer paciente está sujeito a dois riscos de infecção. Um deles é por inoculação -o vírus presente no sangue de uma pessoa infecta outra por meio de um ferimento ou cirurgia.
O vírus do HIV e o da hepatite B são transmitidos dessa forma. O risco de infecção pelo HIV em tratamento dentário é teórico. Mas há muitos casos de dentistas que pegaram hepatite B de pacientes. O governo oferece vacinas contra a doença a esses profissionais.
O outro tipo de risco é por inalação -o vírus ou bactéria penetra pelas vias respiratórias. É o caso da tuberculose e de bactérias do tipo estreptococos e estafilococos.
Segundo o professor Sérgio Salvador, em uma caneta odontológica utilizada num único paciente foram encontrados mais de mil estreptococos do tipo muta. Essa bactéria é a causadora da cárie.
O dentista e professor Rubens Corte Real de Carvalho diz que os riscos de infecção existem, mas são muito reduzidos pelos cuidados tomados pelos dentistas.
"Estamos falando de um consultório, não de um ambiente cirúrgico onde as possibilidades de infecção são maiores", afirma.
O biomédico Marco Antonio Abrahão, que está divulgando a camisinha, diz que as viroses só se manifestam semanas ou meses depois, o que impede que o paciente perceba que foi contaminado na cadeira do dentista.
(AB)

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