São Paulo, sábado, 2 de setembro de 1995
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Órfãos não têm vaga em creche

ESPECIAL PARA A FOLHA

Os conselheiros tutelares em atividade reclamam da falta de estrutura para trabalhar. Dizem que não há serviço de atendimento para viciados em drogas, faltam abrigos para crianças órfãs e abandonadas, os centros de juventude -onde ficam as crianças fora do horário escolar- são insuficientes, assim como as vagas nas creches.
Teresita de Souza Amaral, do Conselho Tutelar do Ipiranga, diz que a maior parte dos casos atendidos por ela são de abuso sexual, assassinato de menores e de viciados em drogas. Há também muitas crianças com problemas de saúde.
"Não é só atender a criança ou o jovem, o trabalho estende-se à família. É necessário um acompanhamento constante dos casos, para verificar se o atendimento está surtindo efeito", afirma.
Segundo José Roberto da Silva, do Conselho Tutelar da Vila Mariana, cada conselheiro atende em média 1.000 casos por ano, dos quais 300 se transformam em acompanhamento contínuo.
Além disso falta material. O Conselho do Ipiranga tem duas mesas e uma máquina de escrever, e recebe utensílios como papel e caneta. "Não há arquivos. Quando requisito serviços públicos, pago selos e xerox do meu bolso. A prefeitura não está cumprindo a lei", diz Teresita Amaral.

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