São Paulo, sábado, 2 de setembro de 1995
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Zedillo avalia crise mexicana

FLAVIO CASTELLOTTI
DA CIDADE DO MÉXICO

Para o presidente do México, Ernesto Zedillo, a crise mexicana teve uma longa gestação e não pode ser atribuída unicamente a alguma decisão específica do governo.
"Vários anos de déficits na conta corrente, câmbio supervalorizado e financiamento de investimentos com capitais de curto prazo foram as principais causas da crise", disse o presidente.
Em seu primeiro informe anual de governo frente aos congressistas do país, Zedillo apresentou perspectivas otimistas quanto ao futuro da economia mexicana.
Ele acredita que o PIB (Produto Interno Bruto) trimestral não voltará a ter uma queda tão vertiginosa quanto a apresentada no segundo trimestre (10,5%).
"A partir de 96, o país terá uma base econômica mais sólida, que propiciará um crescimento sustentado de 5% ao ano", disse Zedillo.
O presidente ressaltou que, no primeiro semestre de 95, houve um corte de 10% nos gastos públicos e um superávit de US$ 3,1 bilhões na balança comercial.
Para o economista Roberto Blum, do Centro de Investimento e Desenvolvimento da Ação Civil, as previsões de Zedillo são muito otimistas. "Faltou explicar como o país vai passar da atual recessão para um crescimento de 5% ao ano", disse.

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