São Paulo, sábado, 2 de setembro de 1995
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Torcidas vendem menos camisas desde briga

DA REPORTAGEM LOCAL

As torcidas organizadas perderam desde o dia 20 boa parte da renda pela venda de camisas com símbolos das uniformizadas.
A Federação Paulista proibiu a entrada nos estádios com roupas que tenham o nome de torcidas, para evitar que as organizadas se agrupem nas arquibancadas.
A loja da palmeirense Mancha Verde, que vende camisas, bonés e outros acessórios com o símbolo da torcida, ao lado do estádio Parque Antarctica, teve uma queda de movimento de 90% nos dias seguintes à briga no Pacaembu.
O faturamento diário, segundo Andréa Gervásio da Silva, uma das responsáveis pela loja, caiu de cerca de R$ 1.000,00 para R$ 100,00.
As vendas diárias, antes, iam de 40 a 50 camisas. Imediatamente após o conflito, desabaram para apenas uma ou duas.
Esta semana, no entanto, as vendas se recuperaram.
Segundo Andréa, estão sendo vendidas cerca de 15 camisas por dia na loja da Mancha Verde.
"Os fregueses perguntam: 'Você sabe até quando vai durar a proibição?' O pessoal está consciente de que é uma coisa temporária", afirma Andréa.
O presidente da torcida corintiana Camisa 12, Cláudio Romero, calcula que o número de camisas vendidas pela organizada caiu de 30 para 10 por dia.
Ele disse que sua torcida apóia a campanha "Paz no Futebol", coordenada pelo sociólogo Herbert de Souza, o Betinho.
"Estamos nessa. No que pudermos fazer, estaremos juntos. A gente também tem muita coisa boa para mostrar."
Na terça-feira, os diretores da Camisa 12 vão se reunir para decidir de que forma vão participar da campanha.

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