São Paulo, domingo, 3 de setembro de 1995 |
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CUT dobra contribuição de sindicatos em plenária
CRISTIANE PERINI LUCCHESI
A Articulação Sindical, majoritária na plenária -cerca de 60% do total de 384 delegados-, defende a proposta. Apesar dos protestos das correntes à esquerda, já é certa sua aprovação. Remigio Todeschini, o Remi, tesoureiro da CUT e da Articulação Sindical, afirma que a maioria dos sindicatos já paga hoje, além dos 5% à CUT, de 2% a 3,5% do faturamento às federações e confederações ligadas à central. Pela proposta, essas contribuições seriam centralizadas à CUT nacional, que repassaria os recursos às federações e confederações. Assim, este ano, os 8% do faturamento que os sindicatos terão de repassar à CUT representarão um aumento de cerca de um ponto percentual com relação às contribuições feitas hoje, diz Remi. A partir de janeiro de 96, os sindicatos pagarão 9% do faturamento à CUT e, em 97, 10%. "A CUT precisa funcionar com recursos próprios. Vamos deixar de receber ajuda internacional e, sem esse aumento, não conseguiremos equilibrar nosso orçamento", afirma Remi. "Só os sindicatos grandes e fortes, como por exemplo dos bancários e metalúrgicos, conseguem pagar a CUT hoje", diz Sérgio Barroso, da Corrente Sindical Classista (PC do B). A inadimplência (atraso no pagamento) na CUT chega a 70% do total de 2.200 sindicatos filiados "e eles ainda vão fazer o pessoal pagar mais", diza José Maria de Almeida, presidente do PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado, antiga Convergência Socialista). (CPL) Texto Anterior: Entre palavras e atos Próximo Texto: Gregori propõe indenizar 111 do Carandiru Índice |
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