São Paulo, domingo, 3 de setembro de 1995
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Técnicos querem regulamentacão

AURELIANO BIANCARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Entre uma alfinetada e outra, médicos e não-médicos concordam em um ponto: a acupuntura precisa ser regulamentada, de forma que seu ensino e aplicação possam ser controlados.
"A regulamentação é necessária para que os profissionais sejam devidamente preparados, e a população tenha segurança", diz Célia Cunha, do Conselho Federal de Fisioterapia.
Pedro Silveira, do Cremesp, reconhece que há excelentes profissionais não-médicos. Ele sugere que o médico trabalhe com o técnico, o primeiro fazendo o diagnóstico e o segundo aplicando a acupuntura.
Aqui aparecem os conflitos. A resolução do CFM sugere que apenas o médico está capacitado para fazer um diagnóstico. "A acupuntura é um meio terapêutico, não faz diagnóstico", diz Silveira.
Os acupunturistas afirmam que os conceitos de saúde e doença dessa prática chinesa nada têm a ver com os da medicina convencional. A acupuntura parte do princípio de que os seres vivos são dotados de uma energia presente em todas as células do organismo. "Se há harmonia na circulação dessa energia, há saúde. Se há desarmonia, há doença", diz o médico e acupunturista Evaldo Leite.
Para restabelecer esse equilíbrio, a acupuntura se vale de estímulos que podem ser aplicados com agulhas, massagens, pequenos choques ou mesmo laser.
"A acupuntura é essencialmente preventiva", diz Leite. "Na China antiga, por exemplo, o médico deixava de receber quando seu paciente adoecia."
(AB)

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