São Paulo, domingo, 3 de setembro de 1995
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País tem políticos estrangeiros

SLVIA BITTENCOURT
ESPECIAL PARA A FOLHA

A eleição de políticos de origem estrangeira é um fenômeno recente na política alemã. No ano passado, foram eleitos, pela primeira vez na história do Parlamento do país, dois políticos de origem turca, a social-democrata Leyla Onur e Cem Oezdemir, do Partido Verde.
Os turcos formam a maior comunidade de estrangeiros residentes na Alemanha. O segundo maior grupo vem da ex-Iugoslávia.
Neste ano, também foi eleito, pela primeira vez, um prefeito de origem turca. Mehmet Kilicgedik assumiu em março a Prefeitura da cidade de Bielefeld (noroeste), que tem 320 mil habitantes, entre eles 40 mil estrangeiros.
No programa dos estrangeiros eleitos estão, entre outras coisas, o combate ao racismo e a luta por mais direitos a imigrantes e refugiados. A Alemanha é o país que mais recebe refugiados da ex-Iugoslávia (cerca de 350 mil).
Para concorrer a uma eleição, e também ter o direito de votar, o estrangeiro deve se naturalizar alemão. Para isso, é preciso ter vivido mais de dez anos na Alemanha.
Há exceções, como para aqueles casados por mais de três anos com um cidadão alemão. Mas, mesmo que o estrangeiro preencha os quesitos necessários, a concessão da naturalização não é garantida.
(SB)

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