São Paulo, terça-feira, 5 de setembro de 1995
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PFL-SP contesta governador

DA REPORTAGEM LOCAL

O PFL de São Paulo divulgou ontem nota oficial contestando afirmação do governador de São Paulo, Mário Covas, segundo a qual a aliança com o PSDB deve ser rompida nas próximas eleições.
A nota afirma que as propostas que viabilizaram a união PSDB/PFL permanecem e que a aliança deve ser mantida.
Durante o fim-de-semana, em Brasília, Covas disse que PFL e PSDB devem se afastar durante o processo eleitoral de 96.
Na nota, o partido diz estranhar a manifestação do governador. "O PFL paulista mantém-se no firme propósito de respeitar as diretrizes daquela aliança, consoante à lealdade demonstrada até agora no auxílio ao governo estadual."
O PFL participa do governo Covas. O secretário da Agricultura de São Paulo, Antonio Cabrera, por exemplo, é filiado ao partido e pertence à sua direção estadual.

"Rompimento iminente"
Ontem, em São Paulo, o líder do PSDB na Câmara, deputado José Aníbal, afirmou que o rompimento é iminente.
Na sua opinião, porém, o distanciamento dos dois partidos não irá prejudicar a base de apoio ao governo Fernando Henrique Cardoso no Congresso.
O relacionamento entre os PFL e PSDB foi um dos assuntos discutidos em almoço entre dez deputados federais tucanos e o governador Covas no Palácio dos Bandeirantes (zona sul de São Paulo).
Durante o almoço, Covas disse ter feito apenas um "prognóstico". "Não é que o governador queira o rompimento, está apenas fazendo uma projeção", disse o deputado Sílvio Torres.
Nas eleições do ano passado, Covas foi um dos tucanos que se posicionaram contra a aliança PSDB/PFL logo no início das articulações.
"As divergências são naturais e tendem a se acentuar num processo eleitoral", disse Aníbal.

Congresso
Segundo Aníbal, esse distanciamento não irá prejudicar o governo no Congresso porque as divisões devem ser "localizadas", apenas nos municípios.

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