São Paulo, terça-feira, 5 de setembro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Previdência deve consumir 40% dos gastos

SHIRLEY EMERICK
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os benefícios da Previdência Social serão responsáveis, entre 1996 e 1999, por 40% dos gastos do governo federal.
A previsão de reservar R$ 184 bilhões dos recursos só para aposentados e pensionistas faz parte do Plano Plurianual (PPA), que será divulgado hoje pelo presidente Fernando Henrique Cardoso.
O plano traz propostas e ações do governo -com recursos próprios e de terceiros- para os próximos quatro anos.
A elaboração do PPA é uma determinação constitucional. Ele foi encaminhado ao Congresso na semana passada.
O governo pretende investir no próximos quatro anos R$ 305 bilhões em programas classificados de ação continuada (educação, saúde, Previdência etc).
Para a saúde serão alocados R$ 45 bilhões, entre melhoria do quadro funcional e modernização do SUS (Sistema Único de Saúde).
A educação vai receber apenas 2,6% de todos os recursos previstos (R$ 12 bilhões).
O governo estima que terá R$ 153 bilhões para novos investimentos. Destes, R$ 96 bilhões serão contrapartida da União e o restante virá de parcerias com instituições externas, entidades privadas e governos estaduais e municipais.
Na área de infra-estrutura (transporte, energia e comunicações), a idéia é reservar R$ 85,7 bilhões. As prioridades no transporte serão a recuperação das BRs 116, 376 e 101 -que ligam São Paulo a Florianópolis- e a duplicação da BR 381, que liga Minas Gerais a São Paulo.
A idéia do governo é dar prioridade à integração das várias modalidades de transporte.
Nesse plano, a região Nordeste está sendo contemplada com a construção da Transnordestina, ferrovia que vai integrar a hidrovia São Francisco com dois ramais ferroviários: Petrolina-Salgueiro- Porto Suape e Salgueiro-Missão Velha e Fortaleza.
Os principais projetos listados para o setor de energia são a integração da usina hidrelétrica de Xingó, no Nordeste, e a finalização do gasoduto Brasil-Bolívia.
Os recursos virão de fontes tradicionais -arrecadação fiscal- e financiamentos externos, como Banco Mundial e Banco Interamericano de Desenvolvimento.
O crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) é estimado em 4% para 1996. Para 97, o crescimento deve chegar a 4,5%. Outros dois anos têm uma previsão de 5%.

Texto Anterior: Ato contra invasões reúne 900 em SP
Próximo Texto: Congresso quer mais poder em Orçamento
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.