São Paulo, terça-feira, 5 de setembro de 1995 |
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Indústria fecha 17.659 vagas em uma semana
ANTONIO CARLOS SEIDL
O nível caiu 0,77% em relação à semana anterior, de acordo com dados divulgados ontem pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). É a pior semana para o nível de emprego na indústria paulista desde a quarta semana de fevereiro de 1991, quando a taxa recuou 0,94%, com 26 mil demissões. "A questão do emprego industrial está se tornando dramática", disse Horacio Lafer Piva, diretor titular do Departamento de Pesquisas da Fiesp, prevendo que agosto será o pior mês do Real para o nível de emprego na indústria. O saldo entre as admissões e demissões no Plano Real já é negativo (-38.193 vagas). No mês, a taxa caiu 1,98%, significando menos 45.683 empregos. No ano, a queda do nível de emprego é de -2,59% (60.445 demissões). Nos últimos 12 meses, a taxa recuou 0,90% (19.566 dispensas). Piva estima que o nível de emprego também será negativo em setembro. "Tenho a esperança de que a onda de desemprego cesse no último trimestre porque o fim de ano é uma época de aumento da atividade econômica". Ele não espera, porém, contratações. "Sem o início de um novo ciclo de investimentos, o que pode ocorrer no ano que vem com a conclusão das reformas estruturais e o ajuste fiscal, não teremos um movimento significativo de contratações". Na quarta semana de agosto, apenas seis dos 46 setores pesquisados pela Fiesp tiveram desempenho positivo (admissões maiores que as demissões): congelados e supercongelados (1,62%); energia elétrica (0,82%); papelão (0,74%); massas alimentícias e biscoito (0,60%); bebidas (0,44%) e estamparia de metais (0,41%). Houve queda em 19 setores, entre eles proteção, tratamento e transformação de superfícies (-3,79%); materiais e equipamentos ferroviários (-3,68%) e malharia e meias (-3,48%). O nível de emprego permaneceu estável em 21 setores. Texto Anterior: Collor e a Escola Base Próximo Texto: 346 perdem emprego em SP Índice |
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