São Paulo, terça-feira, 5 de setembro de 1995 |
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Mostra chega a São Paulo com "Felicidade" e Buster Keaton
JOSÉ GERALDO COUTO
Na sala 1 do Espaço (r. Augusta, 1.475, tel. 011/288-6780), às 16h30 há o denso drama social franco-cambojano "Condenados à Esperança" ("Les Gens de la Rizire"), de Rithy Pahn. Misturando a descrição antropológica e a ficção, o filme mostra o dia-a-dia de uma família camponesa que vive em função do arroz que planta, vende e come. Em seguida, na mesma sala, passa o filme brasileiro de episódios "A Felicidade É...", premiado no último Festival de Gramado e dirigido pelos destacados curta-metragistas Jorge Furtado, José Roberto Torero, Cecílio Neto e José Pedro Goulart. Às 21h30, enfim, ainda na sala 1, é a vez do clássico expressionista "Nosferatu", de Friedrich Murnau, com acompanhamento ao vivo do pianista Joachim Barenz (leia texto abaixo). O ciclo Buster Keaton homenageia o centenário do diretor. Como John Ford, ele nasceu junto com o cinema, em 1895. Mas, ao contrário do mestre do western, não resistiu ao cinema falado. Todas as suas obras-primas são mudas. Hoje o público vai poder conferir algumas delas. Logo de cara (às 18h), poderá ver o filme que inspirou a Woody Allen a idéia de "A Rosa Púrpura do Cairo": em "Sherlock Jr." (1924), Keaton é um projecionista que sonha que entra na tela e virar um detetive. Às 22h, outro clássico de Keaton: "Navigator" (ou "Marinheiro por Descuido"), também de 24. Comédia de aventuras, mostra Keaton num cruzeiro marítimo. O navio atravessa uma tormenta e fica à deriva no oceano. Ali estão presentes as marcas de Keaton: sua irrefreável imaginação como realizador, sua precisão acrobática como ator, seu humor essencialmente poético e visual. Texto Anterior: Itália e Cuba oferecem 'civismo engajado' Próximo Texto: Pianista vai executar trilha sonora ao vivo Índice |
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