São Paulo, terça-feira, 5 de setembro de 1995 |
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Pianista vai executar trilha sonora ao vivo
SYLVIA COLOMBO
"Era uma atividade comum no início do século. Hoje atrai pelo exótico", diz. Seu trabalho, porém, vai além da execução de trilhas sonoras. Bärenz trabalha na recuperação de partituras em um projeto de recuperação do acervo cinematográfico da Alemanha. Depois da 2ª Guerra, muitos filmes, documentos e partituras ficaram perdidos. "Nos últimos 20 anos foi feito um trabalho de arqueologia, e se recuperou coisas que todos já imaginavam perdidas." Bãrenz vai trabalhar aqui com versões que não conhece. "Mas não tem importância, porque improviso bastante." Para "Nosferatu" ele prefere uma música de andamento lento, reforçando a melodia. "É uma história romântica, onde o amor se confunde com o horror." Já em "Metrópolis", Bärenz executa uma música "mecânica" e trabalha com a referência da tecnologia. "A atualidade do tema exige uma interpretação maquinal da música, também tem que refletir identificação com o público porque a mensagem do filme também quer que isso aconteça." Bärenz diz ter decidido musicar filmes mudos porque o desafio era o mesmo de montar um quebra-cabeças. "É um trabalho de completar mensagens cifradas." Filme: Nosferatu e Metropolis Quando: hoje e amanhã, às 21h30 Onde: Espaço Banco Nacional de Cinema (r. Augusta, 1.475, tel. 288-6780) Texto Anterior: Mostra chega a São Paulo com "Felicidade" e Buster Keaton Próximo Texto: Rostropóvitch romantiza suítes de Bach Índice |
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