São Paulo, terça-feira, 5 de setembro de 1995
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Jaborandi

Embora se trate de um município pequeno (7.000 habitantes), a cidade de Jaborandi, em São Paulo, conseguiu, em pouco mais de dois anos, reduzir a mortalidade infantil de 66 por mil para zero. O segredo: soluções simples -até óbvias-, mas ao mesmo tempo ousadas.
Em 93, o prefeito Sílvio Vaz de Almeida (sem partido) criou o Projeto Aroeira, que se inicia na 28ª semana de gravidez. A mãe recebe da prefeitura uma cesta básica por mês. Menos mal alimentada a mãe, as condições de sobrevivência do bebê ficam melhores.
O projeto encontra continuidade na escola Curumim, uma espécie de creche onde crianças de 0 a 6 anos permanecem das 8h às 18h e são alimentadas e atendidas por professores, pediatras e psicólogos. A alimentação e acompanhamento médico foram os principais responsáveis para a queda na mortalidade.
Agora, o prefeito está investindo na Fundação Aroeira, que visa a atender jovens dos 12 aos 18 anos, ministrando-lhes instrução profissional e remunerando-os pelo trabalho, desde que permaneçam na escola. Almeida acredita que a fundação poderá ser auto-sustentável.
Como se vê, o direcionamento dos recursos públicos para as funções precípuas do Estado -vida e educação- pode gerar excelentes resultados em curto prazo. Embora Jaborandi seja uma cidade de 7.000 habitantes, a experiência mostra que idéias simples e ousadas podem obter bons resultados.

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