São Paulo, quinta-feira, 7 de setembro de 1995 |
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Globo veicula texto sobre respeito à religião
FERNANDO MOLICA
O personagem principal da minissérie, o pastor Mariel Batista, interpretado por Édson Celulari, enriquece à custa da exploração de fiéis da sua igreja. As notícias sobre o personagem deflagraram críticas por parte dos dirigentes e pastores da Igreja Universal: nos cultos e em programas da Rede Record (que pertence à igreja), os fiéis eram aconselhados a deixar de assistir a Globo. O medo de perder parte do público evangélico fez com que a Globo decidisse veicular o texto. Na semana passada, o bispo católico Cláudio Hummes, de Santo André (SP), estimou o número de evangélicos no Brasil em "pouco mais de de 20 milhões". Lido por Celulari, o texto dizia que "Decadência", escrita por Dias Gomes, "não pretende fazer críticas a nenhuma religião em particular, ou mesmo a qualquer um de seus representantes". A leitura do texto foi decidida pela Central Globo de Produção e pela Vice-Presidência de Operações da emissora. A Folha apurou que havia também um receio de que uma eventual identificação entre Mariel e o líder da Universal, o bispo Edir Macedo, pudesse gerar um processo contra a Globo. Recentemente, a emissora foi condenada a pagar indenização ao radialista e deputado Afanásio Jazadji (PFL-SP). Ele sentiu-se atingido pelo personagem Juca Pirama, radialista envolvido com drogas em "O Salvador da Pátria". Texto Anterior: Família controla Globo e SBT no SE Próximo Texto: Arquidiocese culpa 'progressistas' por crescimento das seitas no país Índice |
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