São Paulo, quinta-feira, 7 de setembro de 1995
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Prefeitura quer acelerar implantação do PAS

DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário municipal da Saúde, Getúlio Hanashiro, afirmou ontem que o PAS (Plano de Atendimento à Saúde) será implantado em toda a cidade até o fim do ano.
A idéia original do governo era adotar a PAS em caráter experimental em quatro ou cinco bairros.
Anteontem, a Câmara aprovou em primeira votação o projeto que institui o PAS. Para virar lei, o projeto tem de ser aprovado em segunda votação e, depois disso, sancionado pelo prefeito.
Na próxima terça-feira, o projeto deve ser novamente apreciado pelos vereadores.
O PAS vincula o atendimento nos hospitais da prefeitura a um cadastramento prévio dos pacientes, com exceção das emergências.
A rede pública passará a ser administrada por cooperativas formadas por médicos e funcionários licenciados do serviço público.
As cooperativas receberão R$ 10,00 por morador cadastrado.
Hanashiro afirmou que a quantia de R$ 10,00 foi estipulada com base em uma pesquisa feita pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
Esse dinheiro seria suficiente para cobrir todos os custos das cooperativas. "Apenas uma parcela da população utiliza a rede da prefeitura", disse Hanashiro.
Os vereadores da oposição têm dito que a forma de remuneração prevista pelo PAS é um estímulo ao não-atendimento da população.
Como o faturamento é fixo -R$ 10,00 por morador cadastrado-, lucrariam mais as cooperativas que atendessem menos gente.
Hanashiro disse que haverá controle sobre a qualidade do serviço e o número de pacientes atendidos.
Essa medidas, na visão do secretário, impedirão que as cooperativas inibam os moradores de sua área de procurar a rede para aumentar os lucros.
"A lei que está sendo votada é genérica. Os detalhes serão definidos na regulamentação e nos convênios assinados com as cooperativas", disse Hanashiro.

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