São Paulo, quinta-feira, 7 de setembro de 1995 |
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Ruth atrai público a tenda latino-americana
SUZANA SINGER
Quando Ruth Cardoso chegou à tenda -às 13h (2h em Brasília)-, as mulheres cantavam um forró das agricultoras do Tocantins, cujo refrão é "nossa luta é difícil, mas tem que acontecer". A primeira-dama discursou por apenas 10 minutos -metade do tempo em espanhol. Voltou a falar sobre a "feminilização da pobreza" e disse que a questão das mulheres negras precisa "ser colocada com destaque". Foi logo rodeada pelas militantes. As organizadoras colocaram uma fita com Caetano Veloso e Daniela Mercury e as mulheres começaram a dançar. Algumas, ao fundo, gritavam "bruxinhas, maravilhosas, poderosas e gostosas'. Havia 250 pessoas na tenda. Ruth Cardoso conversou pacientemente com todas que se aproximaram. A maioria queria apenas tirar uma foto e dar dois beijos na primeira-dama. Atraídas pela festa, mulheres de tendas vizinhas entravam e perguntavam "quem é essa senhora?". Os chineses adoraram e tiraram muitas fotos. Para uma mulher que elogiou sua aparência, a primeira-dama respondeu: "Nas fotos eu sempre pareço uma velhinha". A funcionária pública carioca Glória Silva estava animada: "Ela é um amor e muito bonita". Ruth Cardoso ficou uma hora na tenda. Conversou com uma advogada peruana paralítica, com uma índia da Guatemala e com uma brasileira com boné maoísta. A tenda onde estão as brasileiras faz parte do fórum de ONGs (organizações não-governamentais), que acontece paralelamente à Conferência Mundial da Mulher. Texto Anterior: EUA prometem ajuda à mulher com fundo de US$ 1,6 bilhão Próximo Texto: Guiné-Bissau pede alfabetização Índice |
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