São Paulo, quinta-feira, 7 de setembro de 1995
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Guiné-Bissau pede alfabetização

JAIME SPITZCOVSKY
DE PEQUIM

Nharebat Intchasso é a chefe da delegação de Guiné-Bissau (oeste da África). Em seu país, uma ex-colônia portuguesa, ela chefia o Ministério dos Assuntos Sociais e Promoção Feminina, criado em 1990. Ela fala sobre o principal problema das mulheres do país: analfabetismo.
(JS)
Folha - Que resultados a Conferência pode trazer para um país como Guiné-Bissau?
Nharebat Intchasso - Penso que será um sucesso. Já se realizaram tantas reuniões e creio que é chegada a hora de passarmos da retórica à prática. Muitos aqui compartilham de tal sentimento.
Folha - Qual o principal problema feminino no seu país?
Intchasso - Analfabetismo. Na Guiné-Bissau, 68% da população é analfabeta, mas, entre as mulheres, a taxa sobe para 76%.
Folha - A conferência pode representar uma chance para se conseguirem recursos de países ricos contra o analfabetismo?
Intchasso - Tenho fé. Procuramos sensibilizar as pessoas. Temos problemas enormes, somos um país muito pobre, sem muitos recursos. Portanto, viemos a Pequim para aproveitar a chance de falar em nome de nossas mulheres, que enfrentam a miséria e o castigo do analfabetismo.

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