São Paulo, quinta-feira, 7 de setembro de 1995
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Provas buscam novas armas

VINICIUS TORRES FREIRE
DE PARIS

A França retomou os experimentos nucleares neste ano porque mudou de governo. Jacques Chirac (Reunião pela República, conservador), na tradição do presidente Charles de Gaulle, pretende reafirmar a independência militar e diplomática da França.
Com a volta do gaullismo ao poder, a burocracia do Comissariado de Energia Atômica (CEA) francês voltou a ser ouvida.
O CEA planejava mais testes do que os anunciados por Chirac. E talvez o desenvolvimento de novas armas, miniaturizadas.
A área militar da CEA havia dito, em julho, numa comissão do Parlamento francês, que novos testes, de fraca potência, deverão ser realizados. "Eles podem ocorrer até na própria França."
Relatório de uma comissão independente de cientistas americanos, divulgado em julho, afirmava que o objetivo dos testes era desenvolver novas armas.
Para a França, novas minibombas podem ser necessárias, com a mudança do cenário internacional.
Durante a Guerra Fria, o objetivo das armas nucleares era dissuadir ataques de potências maiores.
Hoje, a estratégia prevê armas de pouca potência, para dissuadir ditadores do Terceiro Mundo que ameacem a França com armas químicas, por exemplo.
(VTF)

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