São Paulo, quinta-feira, 7 de setembro de 1995
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Museu expõe a história da capital japonesa

SILVIO CIOFFI
DO ENVIADO ESPECIAL AO JAPÃO

Tóquio é uma das maiores metrópoles do mundo, com 11,8 milhões de habitantes e, naturalmente, tem museus importantes.
Um deles, o museu Edo-Tóquio -que mostra o desenvolvimento da cidade desde 1603- impressiona pelas instalações.
Mas o museu Edo-Tóquio não é apenas um lugar para descobrir a cultura japonesa por meio de antiguidades, relíquias, fotos e objetos.
Ali tem-se a impressão de uma viagem pelo tempo, por quatro séculos de história.
Maquetes, gravuras e mapas, ambientes em tamanho natural, trajes e até uma recriação da comida do dia-a-dia no século 17 mostram como era a cidade que, entre 1603 e 1868, foi chamada de Edo.
Principal centro político, econômico e cultural do Japão, Edo amargou um isolamento xenófobo que produziu apenas manifestações artísticas tradicionalistas.
Em 1868, já no início do período Meiji, que duraria até 1912, Edo passou a se chamar Tóquio e se tornou a capital imperial.
Houve uma abertura para o exterior, o feudalismo foi abolido e, se não fosse o norte-americano Ernest F. Fenollosa (1853-1908), sua cultura poderia ter sido relegada a segundo plano.
Ao longo de sua história, a cidade foi destruída muitas vezes por incêndios, tremores de terra e bombardeios, mas sempre reapareceu mais moderna.
Se em 1964, quando Tóquio foi sede dos jogos olímpicos, houve uma modernização sem precedentes, passados mais de 30 anos, a capital japonesa está novamente na vanguarda arquitetônica e cultural.
Só o prédio do museu Edo-Tóquio já seria uma prova dessa contemporaneidade.

MUSEU EDO-TÓQUIO: 4-1, 1-chome, Yokoami, Sumida-ku, Tóquio. Aberto de terça a domingo das 10h às 16h. Entrada: 500 ienes.

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