São Paulo, sexta-feira, 8 de setembro de 1995
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PC do B pode ser o primeiro a ir a FHC

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O PC do B quer uma prova objetiva da disposição do presidente Fernando Henrique Cardoso de se entender com a oposição. O partido vai pedir a anistia aos petroleiros punidos após a greve na Petrobrás, realizada em maio deste ano.
O líder do partido na Câmara, Aldo Rebelo (SP), se reúne no início da próxima semana com o líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP), para apresentar a proposta. Aníbal será o intermediário na negociação.
O tucano procurou Rebelo em julho, numa primeira tentativa de atrair o partido. O governo pretende conseguir os votos da oposição em alguns temas dos projetos de reforma tributária, administrativa e previdenciária.
"O gesto do presidente tem de se traduzir em algo concreto", disse Rebelo.
"O governo tem esse passivo com o movimento sindical no país. É um impasse que, para ser removido, precisa da parte do governo. Da nossa parte, nunca faltou disposição na negociação da greve nem de conversar com o governo", afirmou Rebelo.
Na terça-feira, FHC voltou a acenar para a oposição afirmando que está aberto ao diálogo e que o governo precisa do apoio de todos os partidos. As oposições temem que FHC esteja propondo uma aproximação apenas para solucionar a crise entre o PSDB e o PFL.
Anteontem, o presidente repetiu a convocação para que a oposição se junte ao governo na defesa da reforma e disse que nunca chamou a esquerda de "burra".
O presidente do PT, José Dirceu (SP), disse à Folha no domingo passado que, se o governo quisesse alguma aproximação com o partido, deveria "se retratar" e negar que a esquerda seja "burra".
Na semana que vem, Dirceu, Rebelo e o líder do PDT, Miro Teixeira (RJ), vão discutir a criação do fórum das oposições para discutir os problemas nacionais.

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