São Paulo, sexta-feira, 8 de setembro de 1995 |
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Vai ser uma festa, diz PC
XICO SÁ
"A hipocrisia continua", disse ontem PC, por telefone, de Maceió. "Caso o projeto seja aprovado, os tesoureiros irão fazer a festa". O caixa da campanha do ex-presidente Fernando Collor (1990-92) foi condenado a sete anos de prisão por falsidade ideológica (contas bancárias "fantasmas). Segundo PC, a falta de controle sobre a arrecadação pode ficar até maior do que em 1989 e 90, quando comandou a coleta de dinheiro para Collor e candidatos a governadores e deputados. Um dos pontos que deixou o ex-tesoureiro impressionado foi a manutenção do mesmo limite de doação para as empresas. O projeto prevê o seguinte: as firmas podem doar até 2% da sua receita bruta para os candidatos. Esse teto é o mesmo que vigorou no ano passado, durante a campanha presidencial. "Uma grande empreiteira, sozinha, vai poder eleger uma centena de prefeitos", disse. "E dentro da mais absoluta legalidade". O especialista PC aponta mais uma brecha perigosa: a liberdade para movimentar dinheiro de campanha em qualquer conta bancária. Cético, PC acha que não há partido interessado em apertar o cerco sobre os esquemas de financiamentos eleitorais. Texto Anterior: OS PONTOS DA LEI ELEITORAL Próximo Texto: Lucena vai presidir comissão Índice |
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