São Paulo, sexta-feira, 8 de setembro de 1995 |
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Rio prepara caminhada contra violência no futebol
MÁRIO MAGALHÃES
Os participantes vão se concentrar às 10h no Leme (zona sul) e caminhar 4,5 km até o Arpoador (extremidade da praia de Ipanema). No começo da semana que vem, o coordenador da campanha, sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, convidará as torcidas organizadas cariocas para aderirem à manifestação. Betinho proporá aos torcedores que eles participem de "gestos de solidariedade" nos estádios, prendendo fitas brancas à roupa e trocando de camisa com adversários. Os jogadores deverão apoiar a campanha usando, durante as partidas, braçadeiras brancas. A caminhada também está sendo convocada pelo Viva Rio (movimento de revalorização da cidade) e pela Unipaz (entidade que, entre outras ações, estuda políticas contra a violência). Betinho decidiu unir a Ação da Cidadania contra a Fome e a Miséria e a campanha contra a violência no futebol. A caminhada marcará a volta, com mais intensidade, da coleta de alimentos da Ação da Cidadania, que se dedicará ao projeto "Natal sem Fome". Uma semana antes do ato, o clássico Palmeiras e Corinthians, em São Paulo, servirá para arrecadar alimentos. O ingresso custará o equivalente a 2 kg de arroz, 1 kg de feijão e uma lata de óleo. No mesmo dia da caminhada, Flamengo e Botafogo se enfrentarão, provavelmente em Goiânia. Betinho planeja confraternizar torcedores dos dois clubes durante a manifestação no Rio. A publicitária Nádia Rebouças, organizadora da caminhada, prevê a participação dos Loucos Varridos (movimento que combate a sujeira nas ruas do Rio) e dos bikers (usuários da ciclovia da orla). Em vários pontos do trajeto haverá grupos praticando expressão corporal e tai-chi-chuan. No Arpoador, os manifestantes farão três minutos de silêncio contra a violência. Texto Anterior: Notas Próximo Texto: Organizadas fazem 'pente fino' em sócios Índice |
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