São Paulo, sexta-feira, 8 de setembro de 1995
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Barrichello quer mais rapidez em negociações

JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
ENVIADO ESPECIAL A MONZA (ITÁLIA)

Barrichello quer mais rapidez em negociações
Rubens Barrichello quer decidir logo o seu futuro na F-1. Seja na Ferrari ou na Jordan, o piloto brasileiro espera definir nas próximas semanas o contrato para 96.
Mas o próprio Barrichello reconhece que nada deve ser definida neste fim-de-semana, quando acontece o GP da Itália, 12.ª etapa do Mundial-95.
O primeiro treino oficial acontece hoje, a partir das 8h (de Brasília), no reformado circuito de Monza, localizado na periferia de Milão.
Ontem, apesar da forte chuva, diversos jornalistas italianos se dirigiram ao motorhome da Jordan, atual equipe do brasileiro.
Todos movidos pela declaração de Gianni Agnelli, o todo-poderoso presidente da Fiat, conglomerado que inclui a Ferrari e a equipe de futebol da Juventus.
O “Avocatto”, como é conhecido na Itália, declarou anteontem que Barrichello é seu “preferido” para ser companheiro de Michael Schumacher na escuderia italiana durante a próxima temporada.
Já o piloto alemão, segundo especulações, quer o escocês David Coulthard, atualmente na Williams, como segundo piloto.
A declaração de Agnelli, no entanto, mostra que as chances de Barrichello em pilotar uma Ferrari no próximo ano não são pequenas.
Um dia antes de Gerhard Berger assinar com a Benetton, Agnelli afirmou que já sabia quem era o segundo piloto ferrarista.
O movimento de Berger, no entanto, surpreendeu a todos. Inclusive a Barrichello.
“Algo diferente aconteceu nesse negócio. Antes da corrida na Bélgica, eu estava mais próximo de acertar com a Benetton do que ele”, disse.
A transferência do austríaco fez a Ferrari adiar sua decisão sobre o segundo piloto depois do GP da Europa (1.º de outubro).
E é esse prazo que preocupa Barrichello. “A Jordan é uma boa opção, mas quer que eu decida rápido. Não posso esperar muito.”
Apesar de ainda dirigir uma Benetton, Schumacher já poderá contar no domingo com o apoio dos “tifosi”, os fanáticos torcedores italianos da Ferrari.
Os dois pilotos da escuderia, Jean Alesi e Gerhard Berger, se transferiram para a Benetton e vivem em clima de despedida.
O apoio dos “tifosi” a Schumacher não é algo inédito. Em 90, antes do GP italiano, o francês Alain Prost foi anunciado como piloto da Ferrari. Venceu a corrida e foi festejado como herói local.

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